Brasil: um prenúncio do caos econômico
Artigo de opinião
O governo brasileiro parece insistir em colocar os pés pelas mãos. A grande pergunta que muitos economistas e analistas têm feito é simples, mas perturbadora: como uma arrecadação recorde não consegue cobrir as despesas do próprio governo?
Desde que o PT reassumiu o poder neste último mandato, o país vem registrando níveis históricos de arrecadação. Contudo, esse aumento não decorre de um crescimento econômico sustentável, e sim de novas taxações e elevação de impostos criados para tentar equilibrar as contas públicas. O resultado, porém, tem sido o oposto: a dívida pública segue em trajetória ascendente, aproximando-se de um patamar considerado insustentável.
De acordo com Solange Srour, diretora de Macroeconomia do UBS no Brasil, o cenário é preocupante. Especialistas alertam que, se medidas de contenção não forem adotadas com urgência — especialmente cortes reais nas despesas do governo —, o país poderá enfrentar sérias dificuldades já a partir de 2027, quando o “dinheiro pode simplesmente acabar”.
Os sinais de alerta já estão à vista. O consumo desacelera, a confiança do investidor cai e, mesmo com a chegada das festas de fim de ano — tradicionalmente um período de maior circulação de recursos —, as projeções indicam menor movimento no comércio e menor poder de compra da população.
Independentemente de quem vença as próximas eleições, reformas estruturais e responsabilidade fiscal precisam voltar ao centro do debate nacional. Caso contrário, o Brasil corre o risco de mergulhar em uma crise econômica sem precedentes, cujos efeitos poderão ser sentidos por toda uma geração.
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